sexta-feira, 30 de março de 2018

XENGO DELENGO TENGO


XENGO-DELENGO-TENGO

Vou remando rio a fora,
Deslizando e revivendo;
Todo o tempo, toda a hora,
Esta paz que hoje relembro.

Nesta vida sou canoa,
Flutuando vou descendo;
Lida mansa, lida boa,
Aspirando o doce dengo.

Ao sabor destes momentos,
Odores que bem me lembro;
São amores dos bons tempos,
Estes ventos de Novembro.

No azul do longo rio,
Bons instantes eu vou vivendo;
Sem temer dias sombrios,
Nesta paz vou me envolvendo.

Para todos sou Rosinha,
Meu amor, se bem me lembro;
Mas se fico zangadinha,
Xengo-Delengo-Tengo.

  *J.L.BORGES

(Poesia inspirada no livro Rosinha minha canoa)



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