FILOMENA, MINHA CACHORRA.
Minha amiga de outrora,
Parceira dos bons momentos;
Que partira, foram simbora,
Ao embalo destes ventos.
O teu inverno chegou,
Minha boa companheira;
Foi tão bom o quê passou,
Só restou o derradeiro.
Tenho saudade de ti,
Quando jovem era comigo;
Te vejo agora, velhinha aqui,
Tão flaquita, minha amiga.
Esta vida é bem assim,
Nem aos animais perdoa;
Nosso inicio, meio e fim,
Vai embora e a alma voa.
Minha amiga de toda a hora,
Vou chorar, não sei fingir;
Meu coração por ti chora,
Pois eu sei que vais partir.
*J.L.BORGES
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