quinta-feira, 1 de março de 2018

MESSALINA

MESSALINA

Ela espreita entre becos e cavernas,

Sempre pronta a iludir e enganar;

Rasteja entre fossas e casernas,

Tabernáculo de fogo a me queimar.

Ela vem insinuante e traiçoeira,

Enganando o coitado sonhador;

Na ganância insaciável e corriqueira,

Ela vive de incerteza e desamor.

O seu corpo é desejável e destrutível,

Nada cria, só destrói a seu redor;

Sua crença na certeza corruptível,

Sempre o melhor para ela é o pior.

Olhar maldito e alma cega,

Sem esperança e sem arrependimento;

Nada dá e tudo nega,

Sua presença na historia é apenas vento.

 *J.L.BORGES


Nenhum comentário:

Postar um comentário