sexta-feira, 30 de março de 2018

DOR SOLIDÃO

DOR SOLIDÃO

Meu violão anda triste,

Minha sanfona nem se assanha;

Esta dor que aqui insiste,

É saudade da campanha.

Das plantações de mandioca,

Saudade das churrasqueadas;

Com minha bela chinoca,

A prenda que eu mais amava.

Eu tenho tanta saudade,

Daquele lindo rincão;

Hoje eu nesta cidade,

Sofro da dor solidão.

Tenho saudade da amada,

Aquela que quero bem;

Saudade das camperiadas,

Das vaquejadas tambem.

Por isso meu violão,

E minha gaita andam triste;

Gemendo nesta canção,

A dor que aqui existe.

Dor solidão da campanha,

Daquele lindo lugar;

Aqui, só gente estranha,

Que vontade de voltar!

Retornar a boa terra,

Meiga terra onde nasci

De campos, lavouras e serras,

A mãe terra onde cresci.

                             *J.L.BORGES


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