segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

SOLIDÃO

SOLIDÃO

A solidão beija o vento,

Abraça os sonhos de alguém;

Esta tristeza que vem,

É luz perdida no tempo.

Nos abraça e nos conforta,

Bate palmas no quintal;

A esperança de avental,

Sorridente lhe abre as portas.

Entra em nos bem de mansinho,

Faz a cama na varanda;

Faz beicinho, finge zanga,

Não quer nos deixar sozinho.

Mas de repente vai embora,

Não fala, nem nos avisa;

A solidão, esta brisa,

Alma frágil que nos namora.

 *J.L.BORGES

Nenhum comentário:

Postar um comentário