SOLIDÃO
A solidão beija o vento,
Abraça os sonhos de alguém;
Esta tristeza que vem,
É luz perdida no tempo.
Nos abraça e nos conforta,
Bate palmas no quintal;
A esperança de avental,
Sorridente lhe abre as portas.
Entra em nos bem de mansinho,
Faz a cama na varanda;
Faz beicinho, finge zanga,
Não quer nos deixar sozinho.
Mas de repente vai embora,
Não fala, nem nos avisa;
A solidão, esta brisa,
Alma frágil que nos namora.
*J.L.BORGES
Nenhum comentário:
Postar um comentário