quarta-feira, 28 de março de 2018

A BADERNEIRA

A BADERNEIRA

Vós chegastes,

Fazendo baderna em meu coração,

Na caserna da minha alma,

Bebestes o melhor vinho,

E me deixastes sozinho,

Nesta solidão.

Eu te vi,

No berrante de meu pensamento,

Igual garça solta ao vento,

Cheguei devagarzinho em ti,

E vós me possuístes,

Nesta graça do momento.

Foi assim que te amei,

Feiticeira mulher,

Que esta aqui;

Vejo-te assim,

No escuro desta noite,

Esta paz que vem a mim.

Vós chegastes,

Fazendo baderna em minha vida;

Na caserna de meus pensamentos,

Bebestes a melhor bebida,

Ficastes nesta mesa, e a tristeza,

Ficou a meu lado, solta ao vento.

   *J.L.BORGES

Nenhum comentário:

Postar um comentário