PROFANA
Teu feitiço e broca,
Furando aos poucos meu coração;
Uma roca,
Fiando lentamente a ilusão.
Teu corpo é uma chama,
Tu me chamas todo o dia;
Fantasiando-se de alegria,
Mostrando que és putana.
Eu em ti ando perdido,
No fundo do labirinto;
Teus beijos meu absinto,
Em algum tempo esquecido.
Onde o amor era insano,
O pecado vaginal;
Vertente original,
Neste teu corpo profano.
*J.L.BORGES
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