RACISMO
Meia noite e eu no beco,
Olhando ma lua vadia;
Lembrando de velhos guetos,
A onde arrastavam o dia.
Vejo sangue de inocentes,
Presente na nostalgia;
Vejo ilusão nesta gente,
Que olha a luz vazia.
Na dança dos imortais,
Peço musicas de um sem fim;
Levando a dor desta paz,
Cansada e perdida em mim.
Meia noite já passou,
Mas vejo a lua perdida;
No sonho que não bastou,
Nesta mente enlouquecida.
São contos da meia noite,
Perdidos num mundo ateu;
De braços, laços, açoites,
Pobre do negro e o judeu.
*J.L.BORGES
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