terça-feira, 30 de janeiro de 2018

RACISMO

RACISMO

Meia noite e eu no beco,

Olhando ma lua vadia;

Lembrando de velhos guetos,

A onde arrastavam o dia.

Vejo sangue de inocentes,

Presente na nostalgia;

Vejo ilusão nesta gente,

Que olha a luz vazia.

Na dança dos imortais,

Peço musicas de um sem fim;

Levando a dor desta paz,

Cansada e perdida em mim.

Meia noite já passou,

Mas vejo a lua perdida;

No sonho que não bastou,

Nesta mente enlouquecida.

São contos da meia noite,

Perdidos num mundo ateu;

De braços, laços, açoites,

Pobre do negro e o judeu.

*J.L.BORGES

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