terça-feira, 30 de janeiro de 2018

LUTO

LUTO

Porto Alegre acordou de luto,

Mais uma criança partiu,

Mais um ancião desapareceu;

Mais um traficante em frente a escola,

Meninos cheirando cola,

Mais um indigente morre de frio.

Um jovem corpo tombou depois da curva,

Num grito desesperado;

Um pai de família desempregado,

Um inocente colocado na prisão;

Um recém nascido a gemer de fome,

A implorar seu leite e pão.

Porto Alegre está agonizando,

Neste cotidiano de culpa e de pecado;

Falsas promessas envergonhado os muros,

Na escura reflexão de algum demagogo;

Vejo assim uma multidão desiludida

Um povo cativo e degradado.

Porto Alegre esta em trazes de luto,

Pouco espera desta realidade;

Vidas perdidas, esperanças quebradas;

Um bêbado homicida na estrada,

Um sonho drogado,

Acabado e mais nada.

  *J.L.BORGES

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