LUTO
Porto Alegre acordou de luto,
Mais uma criança partiu,
Mais um ancião desapareceu;
Mais um traficante em frente a escola,
Meninos cheirando cola,
Mais um indigente morre de frio.
Um jovem corpo tombou depois da curva,
Num grito desesperado;
Um pai de família desempregado,
Um inocente colocado na prisão;
Um recém nascido a gemer de fome,
A implorar seu leite e pão.
Porto Alegre está agonizando,
Neste cotidiano de culpa e de pecado;
Falsas promessas envergonhado os muros,
Na escura reflexão de algum demagogo;
Vejo assim uma multidão desiludida
Um povo cativo e degradado.
Porto Alegre esta em trazes de luto,
Pouco espera desta realidade;
Vidas perdidas, esperanças quebradas;
Um bêbado homicida na estrada,
Um sonho drogado,
Acabado e mais nada.
*J.L.BORGES
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