NOITE ESFINGE
No som da paz lunar,
Vejo fadas e duendes a bailar;
Sob o manto azul metálico,
Deste céu a me espelhar.
A noite chega,não avisa mais;
Vem madrugada, vai madrugada;
Nem as estrelas me olham mais,
O sol noturno não mais aquece.
Me torno quedo, me torno surdo,
E com espanto me vejo mudo
A contemplar a noite esfinge,
De vinte séculos a me espiar.
*J.L.BORGES
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