domingo, 31 de março de 2019

A MENINA QUE ESCREVIA NA POEIRA


“A MENINA QUE ESCREVIA NA POEIRA”

Sua mão pincelava letras,

Nas estradas e calçadas;

Rabiscos de amor, saudade,

Mas que o vento levava.

Ela escrevia na poeira,

Do tempo, suas fantasias;

Memórias de outros tempos,

Tanta paz… e nostalgia.

Eram retratos poéticos,

Que sobre a  poeira montava;

Tantos ladrilhos de estrelas,

E a noite suspirava…

Poemas de bons momentos,

Que o vento apagava;

E soprava em forma de versos,

...E a menina sonhava.

Nas entrelinhas dos sonhos,

Tornam-se luzes então;

A viajar no universo,

No limiar da emoção.

Hoje lá estão seus versos,

Ou serão constelações?

Tal qual estrelas, impressos,

Brilhando na imensidão.

*JORGE LUIS BORGES

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