SÚPLICA A CHUVA QUE CAI
Por favor, chuva intrusa,
Chuva reclusa em meu coração,
Deixe este amor em paz,
Lave com serenidade amena,
Esta torpe ilusão,
De querer amar sem ter retorno.
Não há sonho doce sem a paixão,
Pare então chuva de chorar,
E de molhar o telhado do meu coração,
Vá molhar outro solitário coração,
E deixe a fluidez de tuas lagrimas,
Outra alma inundar sem piedade.
*JORGE LUIS BORGES
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