CARNAVAIS
Na grande avenida, da vida,
Bloco de opressores,
Gente distraida entre,
Corruptos e corruptores.
Blocos de desilusões,
Narrando estórias;
De deuses insanos,
Sem memorias.
Mascara negra,
Escondendo a cara;
De efêmera alegria,
Ineficaz e rara.
Estrelas no asfalto,
Da longa avenida;
De sonhos e risos,
Sem despedida.
Ritmo alucinado,
Pinturas, Purpurinas;
O rouco tambor,
Gente fina.
Perola negra,
Requebrando;
Riso facil,
E o amor convidando.
Samba no pé,
Muita folia;
Lança perfuma,
Tolas fantasias.
São loira e morenas,
Que pena! Aguardente;
Coca, Coca cola,
Xixi de anjo,rabo quente.
No vale tudo,
Tudo é legal;
Nada é pecado,
No carnaval.
Fogo e gozo,
Louca ilusão;
Beijo na boca,
Sufoco e tesão.
Porem o reflexo,
Do doce engano;
Mostrará sua cara,
No fim do ano.
*JORGE LUIS BORGES
Nenhum comentário:
Postar um comentário