quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

SELVAGEM

SELVAGEM

Venha depressa doce bem,

Venha ser minha rainha,

Venha ser minha escrava talvez,

Venha depressa e sozinha.

Sou tudo se tenho você,

Sou tudo a seu lado querida;

Sou tudo em seu corpo profano,

Inicio de uma despedida.

Seus beijos serão minha bandeira,

Que faço num gesto insano;

Minha alma aflita é violável,

Quando estou em seu oceano.

Seu corpo selvagem me queima,

Seus beijos selvagem me acalmam;

Seu riso selvagem é a alma,

Do amor indomável que fere,

Minha existência aflita a seu lado.

Eu quero você a meu lado,

Eu quero morrer em seus braços;

Eu quero sua cruz conturbada,

Morrer em sua plena alvorada,

E nascer de novo em você.

*J.L.BORGES.1991

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