POTRANCA
Sou matungo caborteiro,
Sou arisco e redomão;
Levo a potranca faceira,
Dentro do meu coração.
Minha potranca corcoveia,
Traz o ciúme e leva a calma;
Galopeia... Galopeia...
Dentro da gauderia alma.
Tanto sonho inacabado,
Que meu sol já se levanta;
Eu só fico sossegado,
Quando tenho minha potranca.
Na paisagem eu voando,
Vejo a noite do sem fim;
Com a potranca corcoveando,
Gemendo em baixo de mim.
*J.L.BORGES.1991
Nenhum comentário:
Postar um comentário