NOITE CIGANA
Uma estrela brilha sem inspiração,
Na eterna noite da dor;
Loucuras que a vida desconhece,
Intrigas, brigas em vão.
Mais um solitário a murmurar,
Na noite fria que não passa;
Violões que choram um amor,
Que um dia partiu sem adeus.
A lua cigana te espia,
E você chora a amada;
A saudade que o homem tem,
Nem a noite desconfia.
A estrela lembra a mulher,
Distante da noite cigana;
Mulher que um dia te amou,
Mas que talvez te ame de novo.
A lua lembra seresta,
Festas com gosto de beijo;
Tantas promessas de amor,
Um futuro, uma semente.
A noite passa sem pressa,
Mas o dia irá chegar;
Trazendo a amada de volta,
Fazendo o homem sorrir.
*J.L.BORGES.1991
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