LUZES DO LABIRINTO
Eu não toco violão,
Eu não sou compositor;
No destino a contra mão,
Meu passado é sem valor.
A canção que muito ouvi,
Hoje é ecos do passado;
Mas sofrer o que sofri,
Nisto eu sou realizado.
Na ventura dos projetos,
Só rabisco velhos sonhos;
Nas derrotas do concreto,
Alimento meus demônios.
Não me serve o paraíso,
O inferno não me serve;
Mas a inocência do sorriso,
Peço aos céus que Deus conserve.
O futuro e a esperança,
São as flores de um jardim;
E o riso da criança,
Deus conserve sempre assim.
*J.L.BORGES.1991
Nenhum comentário:
Postar um comentário