sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

LUZES DO LABIRINTO

LUZES DO LABIRINTO

Eu não toco violão,

Eu não sou compositor;

No destino a contra mão,

Meu passado é sem valor.

A canção que muito ouvi,

Hoje é ecos do passado;

Mas sofrer o que sofri,

Nisto eu sou realizado.

Na ventura dos projetos,

Só rabisco velhos sonhos;

Nas derrotas do concreto,

Alimento meus demônios.

Não me serve o paraíso,

O inferno não me serve;

Mas a inocência do sorriso,

Peço aos céus que Deus conserve.

O futuro e a esperança,

São as flores de um jardim;

E o riso da criança,

Deus conserve sempre assim.

*J.L.BORGES.1991

Nenhum comentário:

Postar um comentário