quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

BURACO DA AGULHA

BURACO DA AGULHA

É tanta ironia,

Em tão poucas mensagens

Cartazes, bobagens,

Que não dizem nada.

Eu vejo em estradas,

Misturas de cores;

Pintando um futuro,

Talvez sem horrores.

Mas no fim desta linha,

É tudo sempre igual;

Favelas escondidas,

Como num cartão postal.

E esta realidade,

Não nos diz nada;

Será talvez melhor,

Ou apenas palhaçada?

 *J.L.BORGES.1991

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