BURACO DA AGULHA
É tanta ironia,
Em tão poucas mensagens
Cartazes, bobagens,
Que não dizem nada.
Eu vejo em estradas,
Misturas de cores;
Pintando um futuro,
Talvez sem horrores.
Mas no fim desta linha,
É tudo sempre igual;
Favelas escondidas,
Como num cartão postal.
E esta realidade,
Não nos diz nada;
Será talvez melhor,
Ou apenas palhaçada?
*J.L.BORGES.1991
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