segunda-feira, 25 de setembro de 2017

POEMA AS MARGENS DO RIO

POEMA AS MARGENS DO RIO

Estou fazendo um poema,
As margens do Jacuí;
Poema com pouco tema,
Eu estou fazendo aqui.

As águas estão batendo,
As margens deste rio;
Olho ao alto e estou vendo,
O céu de um azul sombrio.

Está tão forte este vento,
Está tão forte a soprar;
E agora neste momento,
Vejo um barco a navegar.

O meu olhar mal consegue,
Perceber, mas estou olhando;
Esta minha Porto Alegre,
Que agora está acordando.

Olho no meio do rio,
Eu vejo a ilha Pintada;
Ao lado um grande navio,
No fundo uma longa estrada.

E esta estrada se chama,
Caminho dos limoeiros;
Minha vista não se engana,
Lá vem Jose, o caçambeiro.

A ponte do Jacuí,
Eu vejo e percebo ao longe;
A felicidade que sinto aqui,
Por nada, nada se esconde.

Poema as margens do rio,
Estou terminando agora;
Pensamento tão vazio,
Com a noite foi embora.

 *J.L.BORGES
Guaiba.1977

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