terça-feira, 26 de setembro de 2017

AMANHÃ DO MEU ADEUS

AMANHÃ DO MEU ADEUS

Adeus amor, eu vou embora,
Carregando a dor da esperança;
Dor por ter que te deixar,
Esperança que tanto preciso.

Meu coração está sofrendo,
Por ter que te deixar;
Tento enxergar minha dor no espelho,
Mas tudo se torna opaco.

Minha bagagem é a foice e o martelo,
Também é a luz do saber;
Qual dos dois usarei nesta vida?
Não sei qual dos dois poderei escolher.

Levo um turbilhão de sonhos,
Perdidos em minha mente;
Tanta esperança, meu Deus,
Só não levo quem eu amo.

Estou saindo daqui,
Meu dia tornou-se escuro;
Não posso olhar para traz,
Se não poderei me perder.

*J.L.BORGES
Camaquã.1978

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