O CASARÃO
No meio da relva verde,
Cercado de cerração;
Da cor deste meu olhar,
Percebo este casarão.
No vento frio, no calor,
Com alma, sem coração;
Perdido na bruma fria,
Descansa este casarão.
As vezes abrem-se as portas,
E as janelas do casarão;
O vento chora baixinho,
No meio da solidão.
Outrora era prazer,
Em meio da alegria;
Agora vive a morrer,
Perdido em noites frias.
*J.L.BORGES
Camaquã.1977
Nenhum comentário:
Postar um comentário