quarta-feira, 27 de setembro de 2017

O CASARÃO

O CASARÃO

No meio da relva verde,
Cercado de cerração;
Da cor deste meu olhar,
Percebo este casarão.

No vento frio, no calor,
Com alma, sem coração;
Perdido na bruma fria,
Descansa este casarão.

As vezes abrem-se as portas,
E as janelas do casarão;
O vento chora baixinho,
No meio da solidão.

Outrora era prazer,
Em meio da alegria;
Agora vive a morrer,
Perdido em noites frias.

*J.L.BORGES
Camaquã.1977

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