quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

PROGRESSO ANIMAL

PROGRESSO ANIMAL

As fuligens das cidades,

Marcas da poluição;

Carregadas pelo tempo,

Chegam no meu coração.

O meu céu de muitas estrelas,

Astros sem constelação;

Parecendo nebulosas,

Muito alem de minha visão.

A solidão das cidades,

Machucando o coração;

São trazidas pelo tempo,

Na demência da razão.

O meu céu de tantas estrelas,

Em complexa escuridão;

Ficaram aqui gravados,

Muito alem da emoção.

Me transformo neste escuro,

De loucura e solidão;

Transformando meu futuro,

Numa eloqüente sedução.

A poluição das cidades,

Restos de civilização;

Vícios desta mocidade,

Tão escassa de ilusão.

No transplante das idades,

Sem passado e sem padrão;

As maquinas profanam os céus,

Deste Brasil, sem perdão.

*J.L.BORGES.1991




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