O CATAVENTO
Cada dia que envelheço,
Me torno um farol iluminado;
Dentro do meu peito efervescente,
Existe um catavento alucinado.
Quando flutuo em teu corpo alucinante,
Me sinto um viajante estrelar;
Trovões crepitam nesta tempestade,
De prazer, meu catavento a acelerar.
Tua luz digital e fluorescente,
Transcende em meu peito aflito;
Cada dia que envelheço,
Reflito-me em teu infinito.
Sou fogo incandescente,
Brilhando em teu lindo olhar,
Olhar que nunca adormece.
Sou catavento a acariciar,
Teu riso que amanhece,
Em minha alma a brilhar.
*J.L.BORGES
1989
Nenhum comentário:
Postar um comentário