quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

FOBIA

FOBIA

Não sei se a vida que quero,

É a que mereço;

Não sei se o amor que espero,

Valerá o preço.

Porem todo o meu carinho,

Para você eu dedico;

Não quero mais estar sozinho,

Eu quero o infinito.

Eu temo a solidão e o tédio,

Eu temo a noite escura;

Na dor deste descaminho,

Você é o remédio,

Na febril síndrome desta vida,

É só você a cura.

Sem a ardente luz do seu olhar,

Eu temo o dia mudo,

Eu temo a paz daninha;

A calma,

Eu temo a dor da alma,

Eu temo tudo.

Por isso é teu infinito,

Que eu tanto preciso;

No inicio de cada manhã,

É seu sol que eu quero.

Sua presença,

Sua imagem, sua voz;

Todo o seu sorriso,

Nada mais espero.

 *J.L.BORGES.1991


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