FOBIA
Não sei se a vida que quero,
É a que mereço;
Não sei se o amor que espero,
Valerá o preço.
Porem todo o meu carinho,
Para você eu dedico;
Não quero mais estar sozinho,
Eu quero o infinito.
Eu temo a solidão e o tédio,
Eu temo a noite escura;
Na dor deste descaminho,
Você é o remédio,
Na febril síndrome desta vida,
É só você a cura.
Sem a ardente luz do seu olhar,
Eu temo o dia mudo,
Eu temo a paz daninha;
A calma,
Eu temo a dor da alma,
Eu temo tudo.
Por isso é teu infinito,
Que eu tanto preciso;
No inicio de cada manhã,
É seu sol que eu quero.
Sua presença,
Sua imagem, sua voz;
Todo o seu sorriso,
Nada mais espero.
*J.L.BORGES.1991
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