CANÇÃO DE EXÍLIO
Minha viola chora de saudade,
Relembrando aquele tempo que passou;
O meu rancho hoje é tapera,
Estou longe da minha terra,
Terra amada que ficou.
Aqui tudo é tão triste, que saudade!
As minhas noites não são mais de serenata;
O meu céu tem poucas estrelas,
É escassa a passarada,
Que saudade da minha mata!
Pouco a pouco vou morrendo de saudade,
Ao olhar o horizonte esta ansiedade,
Dilacera por demais o coração;
Vou ter paz só se voltar pra minha terra,
Vou ter paz só se beijar o meu torrão.
Minha viola já acalmou este meu pranto,
Com as promessas que eu fiz agora;
Vou partir desta cidade,
Chega de sentir saudade,
Pra minha terra vou embora.
*J.L.BORGES...1991
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