ENTRE O BELEM E MACAPÁ
Águas que fecundam vida,
Arvores que retocam o verde;
Ver-te que te quero verde,
Assim amor, toda vestida.
Onde estrelas repousam,
E o gado sonha pastagens;
Bem ali, naquela esquina,
Onde o amor pede passagem.
Lá longe o gato do mato,
Ao guará espia e treme;
Geme de amor o mulato,
Sonhando contigo Irene.
E o mboi tatá vai embora,
Não tarda vem tempestade;
Vem cá amor, já é tarde,
Não tarda e a tarde chora.
*J.L.BORGES
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