segunda-feira, 4 de junho de 2018

ENTRE BELEM E MACAPÁ

ENTRE O BELEM E MACAPÁ

Águas que fecundam vida,

Arvores que retocam o verde;

Ver-te que te quero verde,

Assim amor, toda vestida.

Onde estrelas repousam,

E o gado sonha pastagens;

Bem ali, naquela esquina,

Onde o amor pede passagem.

Lá longe o gato do mato,

Ao guará espia e treme;

Geme de amor o mulato,

Sonhando contigo Irene.

E o mboi tatá vai embora,

Não tarda vem tempestade;

Vem cá amor, já é tarde,

Não tarda e a tarde chora.

     *J.L.BORGES

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