terça-feira, 10 de agosto de 2021

OS IMORTAIS

OS IMORTAIS


Lendo tantos poetas imortais,

Percebo eu a pequenes de meus poemas;

Pergunto eu, valerá a pena,

Cria-los com emoção e fluidez?


Os imortais descansam em limpas prateleiras,

Em baus de poeiras e velhas estantes;

E num instante ao folha-los me dou conta,

Que nada sou, nem mesmo segundo em vagos instantes.


Sou tão pequeno, sou talvez esta semente,

Minúscula porém ascendendo neste universo,

De frases…letras... enfim sonhos maiúsculos,

A repintar a carências de meus versos.


Enquanto divago, os imortais,

Estão flutuando intensamente na memória,

Daqueles que ainda o cultuam intensamente,

Os lapidam e os repintam em nossa história.


Jorge Luis Borges

Brasil-2021/08

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