OS IMORTAIS
Lendo tantos poetas imortais,
Percebo eu a pequenes de meus poemas;
Pergunto eu, valerá a pena,
Cria-los com emoção e fluidez?
Os imortais descansam em limpas prateleiras,
Em baus de poeiras e velhas estantes;
E num instante ao folha-los me dou conta,
Que nada sou, nem mesmo segundo em vagos instantes.
Sou tão pequeno, sou talvez esta semente,
Minúscula porém ascendendo neste universo,
De frases…letras... enfim sonhos maiúsculos,
A repintar a carências de meus versos.
Enquanto divago, os imortais,
Estão flutuando intensamente na memória,
Daqueles que ainda o cultuam intensamente,
Os lapidam e os repintam em nossa história.
Jorge Luis Borges
Brasil-2021/08
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