FIM
Não tem mais flores,
Em meu jardim,
Não tem mais cores,
Que dó de mim…
O amor sumiu,
Fugiu no alvorecer,
E esta dor surgiu,
Nasceu ao entardecer…
Vida tão cansada,
Desastrada vida;
Onde a estrada,
É dura e denegrida.
Sigo em passos tropegos,
Neste rumo incerto,
Onde o escasso sonho,
Sumiu, estou deserto…
Cadê a esperança?
Aquela tenra flor?
Cadê meu eu criança?
E aquele doce amor?
Me sinto um ser estranho,
Com tédio e incerteza;
Meu sono e sem sonhos,
Cultivo esta tristeza.
É assim que me encontro,
No defenestrado encanto,
Sem flores em meu jardim,
Sem cores, amor, e fim…
*Jorge Luis Borges
Guaíba 2021/08
Este poema mostra talves uma verta tristeza escondida no âmago do autor.
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