domingo, 13 de junho de 2021

SEMENTES DO ABSURDO

SEMENTES DO ABSURDO


De onde eu estou vejo aviões,

A passarem rente a janela,

Intransponível da minha imaginação.

Vejo também gaviões indivisíveis,

A levitarem em dantescas aguarelas,

Oh! Fada imprevisível.


Se por acaso eu subir no telhado,

De minha utópica conciência,

Serei projetado ao espaço sideral,

De meu subconciente,

Onde  sementes do absurdo, 

Conseguem germinar em abundância,

Oh! Vida envolvente.


De onde estou se me debruçar,

No beiral de minha janela surreal,

Serei engolido, oh! vida donzela,

E despencarei dos andares,

De minha vã conciencia,

Frágil, inconsequente e misteriosa;

Que envolve este sonho sem sentido.


*J. L. Borges Rodrigues

2021/06

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