A VELHA PRAÇA
Os bancos que não sentei,
Na velha praça esquecida;
Singela e cheia de graça,
A bela praça querida.
Balanços que não andei,
Nem flutuei neste sonho;
Que fluia daquela praça,
Hoje suspiros tristonhos.
A praça que lá ficou.
Entre o presente e o passado,
Lá, esperando o futuro.
Futuro que não chegou,
O vento levou-o errado;
Deixando somento o escuro.
*Jorge Luis Borges
Guaíba, 2021/05
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