sexta-feira, 11 de junho de 2021

A VELHA PRAÇA

A VELHA PRAÇA 


Os bancos que não sentei,

Na velha praça esquecida;

Singela e cheia de graça,

A bela praça querida.


Balanços que não andei,

Nem flutuei neste sonho;

Que fluia daquela praça,

Hoje suspiros tristonhos.


A praça que lá ficou.

Entre o presente e o passado,

Lá, esperando o futuro.


Futuro que não chegou,

O vento levou-o errado;

Deixando somento o escuro.


*Jorge Luis Borges

 Guaíba, 2021/05

Nenhum comentário:

Postar um comentário