MINHAS DORES
As dores que castigam,
Meu corpo e minha alma;
São dores de amor,
Tristeza também.
As lágrimas que molham,
Minha face enrugada,
Saudade danada,
Que tenho de alguém.
Assim vou vivendo,
Eu e a solidão,
Não tenho ilusões;
Pois tudo esqueci.
A vida me dá,
Agora são dores;
Até meus amores,
Aos poucos perdi.
Nesta hora as dores,
Me são companheiras;
Oh! Vida cruel,
Que só me castiga.
Elas até se parecem,
Com flexas certeiras;
Que rasgam meu peito,
E minha alma também.
*Jorge Luis Borges
2021/04
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