A JANELA
Te vejo da janela da minha alma,
Tanta calma eu percebo em teu olhar;
Eu te beijo na distância deste karma,
Em ti sonho e por ti vivo a sonhar.
Nesta distância infinita de meus versos,
Te declamo em presença e pensamento;
Doce amada que recria este universo,
Além do tempo, muito além destes meus ventos.
Desta janela assim te vejo minha querida,
Tu não me vês, e a despedida,
Não quer partir. Quero ficar.
E no ulbral desta janela sempre te ver,
Te lembrar e te amar até morrer,
Viver de novo, e outra vez te encontrar.
*Jorge Luis Borges
Guaíba, 2021/04
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