quarta-feira, 28 de abril de 2021

A JANELA

A JANELA


Te vejo da janela da minha alma,

Tanta calma eu percebo em teu olhar;

Eu te beijo na distância deste karma,

Em ti sonho e por ti vivo a sonhar.


Nesta distância infinita de meus versos,

Te declamo em presença e pensamento;

Doce amada que recria este universo,

Além do tempo, muito além destes meus ventos.


Desta janela assim te vejo minha querida,

Tu não me vês, e a despedida,

Não quer partir. Quero ficar.


E no ulbral desta janela sempre te ver,

Te lembrar e te amar até morrer,

Viver de novo, e outra vez te encontrar.


*Jorge Luis Borges

 Guaíba, 2021/04

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