segunda-feira, 29 de julho de 2019

MEU RANCHINHO


MEU RANCHINHO

Eu nasci naquela terra,

Numa tapera rente ao chão;

Cravejado de buracos,

E fumaças no fogão.

Quando vem a madrugada,

Vai sumindo a escuridão;

Passarinhos  na clareira,

Iniciam o barulhao.

E depois que amanhece,

Tomo um bom de um chimarrão;

A chinoca me agradando,

Bate forte o coraçao.

Quando o galo para o canto,

Dou adeus a minha chinoca;

E me vou pro meu roçado,

Com asaudade que me toca.

Quando a tarde chega morna,

Se despede o velho dia;

Volto suado da roça,

Peito cheio de alegria.

Meu ranchinho é bem velhinho,

Pequenino e acolhedor;

Onde tem minha chinoca,

No frescor de seu amor.

                                     *J.L.BORGES.




Nenhum comentário:

Postar um comentário