LÁGRIMAS DE AMOR
É o vento que sopra,
Neste meu coração;
É o pássaro que canta,
Espanta a solidão.
É o tédio que tortura,
Minha alma vazia;
Que me deixa tão triste,
Deixa grande meu dia.
É a nuvem dengosa,
Esta fada a sorrir;
É a viva alegria,
Que estou a sentir.
Sinto a dor neste peito,
Sinto amor nessa alma;
É a madrugada que invade,
Meu peito com calma.
Eu percebo esta dor,
Que persiste em entrar;
Neste peito choroso,
E teimoso a chorar.
Eu também sinto o sol,
Que me queima com ardor;
Lágrimas saem do olhar,
Mas são lágrimas de amor.
*JORGE LUIS BORGES
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