domingo, 24 de fevereiro de 2019

TEMPESTADE NEGRA


TEMPESTADE NEGRA


Tempestade negra, densa tempestade,

Ventos de inverno a beijar meu corpo;

Língua de fogo que minha alma arde,

Em brancos lençóis a me dar conforto.

Tempestade negra, tempestade densa,

Vulto que me olha e depois me beija;

Fico com saudade sem tua presença,

O meu corpo arteiro tanto te deseja.

Densa tempestade, tempestade negra,

Olhar de felina ensaiando botes;

Sempre a minha procura porque nunca negas,

O seu bocejar neste meu conforto.

Tempestade negra, densa tempestade,

Montes volumosos me mostrando noites;

Língua de enguia, eletricidade,

Me acariciando nestes fartos açoites.

Noite densa e negra nesta tempestade,

Onde o meu inverno se envolve em ventos;

Suspiros de desejo que meu peito invade,

Tornando bem melhor estes bons momentos.

                                      
*J.L.BORGES


Nenhum comentário:

Postar um comentário