DEPOIS DA CHUVA
A chuva molha a parda grama,
Escorre sinuosa no fio da rua;
Parece flores de uma alma densa,
E a paz propensa se insinua.
Nos arvoredos os passarinhos,
Em gritaria fazem a festa;
Bandos alegres saem dos ninhos,
Em revoadas fazem serestas.
Tanta alegria, e a chuva cai,
Sem cobrar nada, sem reclamar;
Um belo dia de umidade,
Felicidade paira no ar.
E o dia canta, recanta o dia,
A boa chuva molha as calçadas;
Quanta alegria depois da chuva,
Almas sedentas, hoje lavadas.
*J.L.BORGES
Nenhum comentário:
Postar um comentário