AMARGA HERANÇA
Pássaros de metal
Nas florestas de concreto;
Rasgando este céu chumbo,
Que chora lagrimas acidas.
Um rio chamado asfalto,
Me rasga estas entranhas;
Entranhas amareladas,
Já gasta pelo tempo.
De pés descalços e ofegante,
Me vem este presente;
Olhar o lago triste,
Afogado em vidas mortas.
Metais, concretos e líquidos,
Liquidam a realidade;
Herança a nossos filhos,
Herdados de meus pais.
*J.L.BORGES
Nenhum comentário:
Postar um comentário