O CARRETEL DO TEMPO
O carretel do tempo incógnito,
Desfia linhas que fazem cordas;
Que fazem nós onde atamos,
O cotidiano deste viver.
As linhas presas entre as agulhas,
Da solidão de cada um,
E alinhavada pela costura,
Deste destino que esta aqui.
E o destino é implacável,
Costura sem pressa os rotos panos;
Dos desenganos que nos prendem,
Nestes enganos de cada um.
E assim prossegue o carretel,
Desfiando linhas e agulhadas;
Que o costureiro, este destino,
Costura em nós sem piedade.
*J.L.BORGES
Guaiba, Fevereiro 2021
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