quinta-feira, 16 de maio de 2019

A MORTE DA ROSA


A MORTE DA ROSA

Quando ele viu aquela rosa,
A mais bela entre as flores;
Toda alegre e toda prosa,
Com seus trazes de mil cores.

Foi chegando de mansinho,
Todo o dia em seu jardim;
E lhe dando mil carinhos,
Só por ela estava afim.

Prometeu-lhe mil sorrisos,
Prometeu-lhe o paraíso,
Com ternura a convenceu.

Mas tirou o seu perfume,
Suas cores, só por ciúme,
Tirou tanto, ela morreu…

*JORGE LUIS BORGES

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