BRIGAS
O teu modo de amar me aborrece,
Tantos beijos, depois tantas brigas;
As desculpas mescladas em preces,
Poesias que as vezes me intriga.
Fico tonto se brigo contigo,
Nem ligo se depois tu me chama;
Nosso amor é eterno castigo,
Vem querida, te quero na cama.
E assim nosso amor vai seguindo,
Nesta estrada até definhar;
Eu te quero num sonho tão lindo,
Pesadelo que não quer acabar.
Até quando meu amor? Não agüento,
Não resisto estas brigas por mim;
Minha paixão está fugindo ao vento,
De ciúmes que não tem mais fim.
É por isso que a dor de agora,
Me devora e traz este tédio;
Eu te digo amor, vou embora,
Se estas brigas não ter mais remédio.
*J.L.BORGES
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