domingo, 1 de abril de 2018

BRIGAS

BRIGAS

O teu modo de amar me aborrece,

Tantos beijos, depois tantas brigas;

As desculpas mescladas em preces,

Poesias que as vezes me intriga.

Fico tonto se brigo contigo,

Nem ligo se depois tu me chama;

Nosso amor é eterno castigo,

Vem querida, te quero na cama.

E assim nosso amor vai seguindo,

Nesta estrada até definhar;

Eu te quero num sonho tão lindo,

Pesadelo que não quer acabar.

Até quando meu amor? Não agüento,

Não resisto estas brigas por mim;

Minha paixão está fugindo ao vento,

De ciúmes que não tem mais fim.

É por isso que a dor de agora,

Me devora e traz este tédio;

Eu te digo amor, vou embora,

Se estas brigas não ter mais remédio.

  *J.L.BORGES

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