domingo, 29 de abril de 2018

ZE

“ZÉ”

Era apenas zé...Zé sem nada...

Sem futuro... sem morada...

Sem contesto...sem texto...sem testa.

Cérebro oco, Zé louco; pobre Zé,

Sonhando... delirando... imaginando coisas;

Coisas complexas e sem nexo;

Esculachado... escarafunchado...

Um sofredor sem passado...jaz passado

Zé sem futuro, somente o escuro

Zé possui, fica faceiro...

Sem bola... sem escola,

Pedindo esmolas, migalhas,

Vida dura esta do Zé;

Sua navalha é a mortalha,

Lhe rasgando a alma vã.

Zé sem nada, alma tola,

Bobo Zé, enganado...

Frágil homem sem nome,

Sem sobrenome,

Apenas Zé.

*J.L.BORGES

GUAÍBA, 2017

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