“ZÉ”
Era apenas zé...Zé sem nada...
Sem futuro... sem morada...
Sem contesto...sem texto...sem testa.
Cérebro oco, Zé louco; pobre Zé,
Sonhando... delirando... imaginando coisas;
Coisas complexas e sem nexo;
Esculachado... escarafunchado...
Um sofredor sem passado...jaz passado
Zé sem futuro, somente o escuro
Zé possui, fica faceiro...
Sem bola... sem escola,
Pedindo esmolas, migalhas,
Vida dura esta do Zé;
Sua navalha é a mortalha,
Lhe rasgando a alma vã.
Zé sem nada, alma tola,
Bobo Zé, enganado...
Frágil homem sem nome,
Sem sobrenome,
Apenas Zé.
*J.L.BORGES
GUAÍBA, 2017
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