segunda-feira, 30 de abril de 2018

CORTINA DE SONHOS

“CORTINA DE SONHOS”

Minha vida então agreste,

Mas quem sabe em Bucareste;

Meu veleiro a navegar...

Já morri em Budapeste,

Mas talvez em Porto Alegre;

Eu consiga conversar.

Fazer planos que outrora,

Eu deixei bem escondido;

Entre livros empoeirados.

Quero fitar meu agora,

Reviver meus esquecidos;

Sonhos que jazem mofados.

Lapidar Copacabana,

Cantar Roma e Amsterdã;

Descansa nas maresias.

Talvez gravar meu amanhã,

Entre Guaíba e Camaquã;

Nesta meiga poesia...

*J.L.BORGES

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