sábado, 8 de janeiro de 2022

DEVANEIO

DEVANEIO


Eu voltei ao pó,

O pó da terra;

No pé da serra,

Voltei ao pó.


Voltei sem fé,

Voltei sem crença;

Porque achava,

Não mais voltar.


No devaneio,

Das noite tortas;

Minha alma morta,

Tornou-se pó.


É sem sentido,

O pesadelo;

Nesta viagem,

A onde eu só.


Agora durmo, 

No fundo falso;

Do fim do mundo,

Um saco fundo.


Meu devaneio,

Um fundo fausto;

A onde a morte,

Da vida é amiga.


Voltei ao pó,

Assim de um jeito;

Sem medo ou dor,

Que até da dó.

.

O doremi desta canção,

Que faço então;

Sem poesia,

E inspiração.


Voltei ao pó,

O pó apenas;

Na dor pequena,

Desta loucura 


*Jorge Luis Borges

 Brasil

(Guaiba 2022/01)


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