INGRATIDÃO
Aquela que eu tanto amava,
Plantou a semente da ingratidão;
Tolos momentos que eu almejava,
Agora e pó e sobras de paixão.
Não sei porque me iludi,
Com aquele sorriso que só enganava;
Eu hoje estou perdido aqui,
E pensando naquela que eu mais amava.
Eu quero e preciso esquecer,
Aquela mulher que roubou de mim;
Meus sonhos, o simples prazer,
De admirar as rosas lá do meu jardim.
Aquele meu jardim de sonhos,
Que tinha quando nela, nela eu pensava;
Agora vivo tão tristonho,
Pensando na ingrata que eu tanto amava.
*Jorge Luis Borges
Guaíba (Rs) Brasil
2021/12
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