ME DÊ A MÃO
Somos todos filhos da terra,
Do pó fomos gerados, ao pó voltaremos;
Levando esta energia harmoniosa e bonita,
E sonhos de paz que aqui depositamos.
Somos seres humanos, jamais feras,
E tudo que nunca compreenderemos;
Ainda aqui estão em nós palpita,
São meros sonhos que em vão nós almejamos.
Somos e sempre seremos filhos da terra,
Jamais seres inanimados ou cativos;
Amados, somos sois de primaveras,
Aquela luz eterna bom amigo.
Vidas negras? Vidas brancas? Qual é tua cor?
Qual é a cor que tua mente desenha, bom irmão?
O que importa nesta hora é o amor,
Embora não entendas, me de a sua mão.
Me de a sua mão, a sua mão irmão,
Irmão me de a mão, me de a sua mão.
*JORGE LUIS BORGES
GUÁIBA/BRASIL
2020
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