VERTIGEM
Fico nervoso quando te vejo,
Quando te tenho, quando te abraço;
Me dá vertigem quando te beijo,
Quando te vejo não sei o que faço.
Tua procura é minha loucura,
Esta ternura que nos transcende;
Tua candura é minha ventura,
Paixão devassa que não se entende.
Sou teu escravo, teu sedutor,
Jamais me canso de estar em ti;
Sou teu, só teu, meu louco amor,
Minha tempestade, meu frenesi.
Eu fico tonto em teu sorriso,
O teu gingar me dá vertigem;
Estou às portas do paraíso,
Nesta paixão profana e virgem.
Fico nervoso se não te vejo,
Se não te beijo, minha rainha;
Vem, não me negues, pois te desejo,
Te quero aqui, somente minha.
*J.L.BORGES
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