CHAVES DA ETERNIDADE
Não nos demos conta,
Quando vemos o tempo passa;
Nossos sonhos,
Nossa graça.
Eu um cofre a sete chaves,
Nossos anseios são trancados;
Perdido nos confins,
Do nosso passado.
Tudo o que foi planejado,
Agora, agora tem que ser feito;
Para não sermos jogados,
No esquecimento imperfeito.
O que não é realizado,
Torna-se frustração amarga;
Onde nosso dia a dia,
Em tempestades naufraga.
Não somos pó de estrelas,
Tênue sementes do tempo;
Nossa historia deve ser lapidada,
E não tornar-se areia ao vento.
Hoje pó, amanhã rocha,
Para suportarmos a vaga;
Da tristeza e solidão,
Esta dor que jamais paga.
Não devemos viver só de idéias,
E de infrutíferos sonhos;
E sim plantarmos a semente,
De amor e tempos risonhos.
E assim descobriremos,
A razão de nossa vida;
Nesta terra que tanto ferimos,
E a tornamos querida.
Não podemos ser fantasmas,
Mas a luz que ilumina;
Esta estrada que não conhecemos,
Mas que a todos fascina.
Todos os caminhos nos levam,
Ao infinito reverso;
Onde o eterno é aprender,
E cultivar o universo.
J.L.BORGES
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