segunda-feira, 2 de abril de 2018

JUNHO

JUNHO

O azul da esperança bateu a minha porta,

A saudade o convidou a entrar;

A tempos não se viam, mas o que importa,

Se hoje se encontraram, e estão a conversar.

Lembraram do passado, falaram do presente,

Até deste futuro que ainda não chegou;

A brisa que ali estava, deixou-os tão contente,

Em sua suavidade a menina os beijou.

O azul deste meu junho, vestiu-se de esperança,

Bateu a minha porta, meu coração abriu;

O matiz da alegria, perfumou-se de criança,

Que minha alma acesa, em afagos lhe sorriu.

Assim este meu junho tornou-se realidade,

Na lenta eternidade que atinge os sonhadores;

O azul deste inverno coloriu minha vontade,

Lembrando com saudade, de mais de mil amores.

  *J.L.BORGES

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