JUNHO
O azul da esperança bateu a minha porta,
A saudade o convidou a entrar;
A tempos não se viam, mas o que importa,
Se hoje se encontraram, e estão a conversar.
Lembraram do passado, falaram do presente,
Até deste futuro que ainda não chegou;
A brisa que ali estava, deixou-os tão contente,
Em sua suavidade a menina os beijou.
O azul deste meu junho, vestiu-se de esperança,
Bateu a minha porta, meu coração abriu;
O matiz da alegria, perfumou-se de criança,
Que minha alma acesa, em afagos lhe sorriu.
Assim este meu junho tornou-se realidade,
Na lenta eternidade que atinge os sonhadores;
O azul deste inverno coloriu minha vontade,
Lembrando com saudade, de mais de mil amores.
*J.L.BORGES
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