quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

HOMEM CIFRÃO


HOMEM CIFRÃO 

Não quero que me olhem como um cifrão, 
Quero que me enxerguem como ser humano.
Ja percorri tantas selvas e cidades,
Hoje de verdade eu vivo ano a ano.

Ja fui cifrão, fui jóia brilhante, 
Em efêmeros instantes desta longa vida, 
A inflação do tempo bateu a minha porta,
Em uma hora morta, acenos e despedida.

Hoje convivo bem com a realidade 
Do ser e do autentico, não do ter fugaz;
Enfim convivo bem com a perenidade 
Sem os meus medos,eu vivo é empaz. 

Não sou mais cifrão, eu sou apenas humano,
E agradeço a Deus por meus olhos ter abrido;
É hoje que eu colho os frutos de meu agora,
Não deixo para amanhã por mais de mil motivos.

*J.L.Borges.do Brasil
Guaiba/Rs…12/2025

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