MEU INSETO INTERIOR
Meu viver as vezes,
É igual o viver da abelha;
Ou levo o pólem à colmeia
Ou fico na colmeia produzindo o nectar,
Não consigo fazer as duas coisas.
Algumas vezes me sinto uma crisalida,
Sonhando ser uma borboleta,
A voar de flor em flor,
Mas logo me vem a decepção ,
Não passo de uma reles mariposa.
Muitas vezes meu viver parece
O viver do inconstante vaga-lume,
As vezes brilha, as vezes apaga ,
As vezes apaga, as vezes brilha,
É uma constante metamorfose.
Em materia de amor
Infelismente pareço um escorpião,
Sempre aniquilado por seu amor querido,
Ou igual ao louva deus,
Que acaba sua paixão tragicamente.
As vezes me sinto um grande pássaro
Alimentando meu ego com insetos,
Mas de repente volto a ser inseto,
Para ser a boia destes grandes passaros
É bem assim a vida do meu eu inseto.
*J.L Borges do Brasil
Guaiba…03/2025
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